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sábado, maio 15, 2010

Imaginação desinspirada



Se muitas vezes a lógica não está no abstracto,
Há abstracto desfeito na fluidez da lógica.
Vejo na tua voz uma folha que se deixa seduzir pelo mar,
Palavras que falas e eu ouço como se o sentido fosse o tacto,
Visão que me prende ao magnetismo do teu olhar.

Ando por onde andam as pessoas que não me vêem,
Deixo ficar a minha voz em sítios desertos de gente.
Passeio prosas em ruas que parecem versos,
Vejo coisas em coisas que outros olham.

Nas cores diversas que me ficam aquém;
Deixo a inspiração absorvê-las em algo que só se sente,
Penso nelas como se elas fossem partes de restos,
Que a imaginação procura em palavras que se escondem.


Desinspiração imaginária é o refugio dos sentidos,
As imagens desfazem-se cá dentro como aqui fora,
Há uma vontade de reinventar pensamentos perdidos,
Mas esta imaginação desinspirada, ainda demora.

1 comentário:

  1. MAGNÍFICO POEMA.

    (Visita elementoshumanos.blogspot.com - lembras-te do nosso prof de Português do 7 - 9º ano? Já n me recordo, mas chama-se jorge santos; o blogue é dele. Muito bom).

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