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terça-feira, maio 25, 2010

Quando olho para cima... vejo o chão.

Se o gerúndio inexistisse, eu não vivia...
O passado é mar, é o barco do tempo!
O presente só lembra a surpresa do momento;
O Futuro são outras verdades de um só dia,

Ter que sorrir com vontade de rir;
Ter que pensar com vontade de sentir;
Ter que ficar com vontade de ir;
Ter que viver com vontade de sonhar.

Inclina-se o sol, e a lua descobre as estrelas...
O refúgio de um sossego inventado.
Horas que me vestem de tempo e de sequelas,
Paz soterrada nos confins do indesejado.

A imaginação, dissimulada, alimenta-se da tristeza;
Estar alegre distancia-me da inspiração.
Na desconcentração, a consciência torna-se uma presa,
E a realidade faz da vida uma ficção.

Tenho-me do avesso, não me vejo,
E se me invejo, sinto emoção.
Este ar frio que não sai do peito,
Nesse espaço que há entre mim e o chão.

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