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terça-feira, maio 04, 2010

As minhas mães ou os meus pais!...?

Cada vez mais, mais gosto das palavras que me fazem falar português.
Entre o latim e o grego, há uma mescla de vocábulos que moldam a língua portuguesa. A semântica muitas vezes diverge quando para uma mesma palavra a sua etimologia é diferente.
A palavra Homossexualidade, por exemplo, nada tem de parecido com homo sapiens se não repararmos no termo Homo, em ambas.
Ser homossexual é ser igual no grego e ter sexo no latim. Se o étimo dessa palavra tivesse origem, somente, no latim, significaria que um homem sexual ou pessoa sexual podia ser sintetizada num só vocábulo: homossexual.
No entanto, para se ser considerado homossexual basta (simplesmente) sentir toda a metafísica do amor, por uma pessoa que, por coincidência, tem o mesmo órgão genital. É bom lembrar que amor não precisa de órgãos genitais para poder penetrar ou ser penetrado nas ou pelas emoções de um ser humano.
Para os casais homossexualmente maternos a discriminação lexical vai permanecer no cimo do púlpito, pois, se observarmos, no caso dos casais homossexualmente paternos, o filho ( biologicamente só de um), pode falar, que os seus pais são os melhores pais do mundo, tal como os filhos dos casais sexualmente heteros. O que não pode acontecer com um filho de "duas" mães. Deste modo, para quem seja ou venha a ser filho de "dois" pais, tem na língua portuguesa uma simbólica protecção discriminatória.
Cada vez mais, mais gosto das palavras que me fazem falar português.

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