Páginas

sexta-feira, dezembro 16, 2011

O nome o título não é o poema.

Se desenhasse os desejos que tenho
No céu, no papel, nas horas em que não te vejo
Teu rosto encontraria na escuridão de um sonho
À espera que a realidade nos unisse num beijo

Este amor que deambula como gente
Passa por mim e eu sinto
Uma voz diferente, que me toca rente
À pele de um singular momento

(E os momentos seguintes servem-me para acreditar
Que o tempo que já passou não é igual ao que resta
E o presente não é de Natal, mas sim do saber amar
Porque no futuro, já nem há por onde imaginar)

Já lá longe, aindo o vislumbro
Não com os olhos, mas em recordação
Porque numa noite fria de dezembro
O corpo aquece-se com a roupa, a alma com o coração

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Cresce/Creche

Quando duas palavras homófonas, apesar de terem grafia diferente, mas pronúncia similar, se cruzam com o destino de quem está na fase de crescimento. Neste caso, a semântica de ambas confunde-se com a aguarida de uma instituição.

terça-feira, novembro 29, 2011

Depois de um buraco vem sempre uma crise, seja o buraco que for ou a crise que seja.

Dois mil e onze caminha vorazmente para o seu fim, um ano marcado pela crise mundial, pela crise politica, pela crise social…o ano das crises. A palavra “crise” ganhou uma dimensão fonética que a tornou numa espécie de eco intermitente.
O exercício verbal deste vocábulo faz do ambiente social um espaço acústico aonde as pessoas se transformam em cópias e se deixam “plagiar” por um conjunto de cinco letras tantas como a palavra “lutar”.
Renovam-se pensamentos que transbordam em frases em que o predicado raramente não é sinónimo de crise. Há uma descrença, generalizadada, perante o futuro.
Mas a maior crise é aquela que acontece quando a tentação consumista adultera a relação existente entre o esforço de um mês de trabalho e o orçamento familiar. Se pudesse haver divórcios pelas infidelidades que acontecem com as compras impoderadas que se fazem, os advogados não se importariam com os casamentos.
A segunda palavra mais falada é a “buraco”. Apesar de não ser de ozóno e a crise não ser de amor, a relação entre ambas permanecerá não por efeito da durabilidade da crise mas pela profundidade do buraco.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Um lugar bonito



São verbos as palavras que me acalmam;
São silêncio e tempo e tudo o que não me falta,
Neste dia que o calendário não conhece,
Há um céu sem cor, onde as nuvens não voam,
Um mundo suspenso que a realidade desconhece.


Não sei onde me encontro neste momento.
Sinto o ar a correr depressa, mas não é vento,
E o que sinto nem é sentimento;
Pensamento também não é, é tudo tão lento.


Bonito vai ser encontrar um lugar,
Que me faça olhar para ele,
Viver nele com a liberdade de sonhar...
Porque na minha vida eu sou um lugar!

quarta-feira, outubro 19, 2011

CRISE

Falar de Portugal nos dias que decorrem torna-se mais dificil se não quisermos lembrar a crise. A situação em que chegou o país não é de estranhar para aqueles que de um momento para outro passaram a viver acima das suas possibilidades.
A relação entre os cartãos de débito e de crédito sempre sofreu de um paradoxo latente, pois sabe-se que o crédito é uma espécie de débito futuro e o problema é quando esse futuro não acalenta crédito algum.
Dizem os entendidos da matéria que a classe média corre o risco de desaparecer. Acho alguma graça dizer-se que pessoas que vivem sabendo que não são pobres, pensando que são ricas, pertencerem a uma classe que é média.
Quando me lembro que é no meio que está a virtude e depois verifico que a principal solução para arrecadar dinheiro é liquidar o equilibrio de uma classe social…algo está diferente, até o pensamento aristotlista perdeu substãncia filosófica.

quarta-feira, outubro 12, 2011

facebook


Ia eu conduzindo o carro, a uma velocidade deprimente, mas cumpridora do código da estrada, ouvindo musica na rádio, quando começo a avistar um corpo humano a pedir boleia. Naquele gesto manual clássico, mantendo o dedo polegar íngreme numa posição lateral. Enfim, a distância foi encurtando e quando cheguei à beira dele, fiz deslizar o vidro da porta do carro e de seguida perguntei-lhe-lhe: Ei amigo, tens facebook ou gostas de apanhar boleia?

quarta-feira, setembro 21, 2011

Coteca

A noite encontra dois amigos, um mais bêbado que o outro... seguiram-se uma espécie de cumprimentos:
Então Mané, ta tudo lá, ou como é?
Ta tudo Zé, mas... lá aonde?
Não interessa, tá tudo bem então, é o que importa...jó!
Mané- Que som é esse, meu?
Zé- Qual? deve vir da tua cabeça!
Mané- Não? Ouve... vem dali!
Zé- Ah! Tá bem... é da Discoteca...
Mané- Coteca
Zé- Discoteca
Mané- Coteca
Zé- Discoteca
Mané- Coteca
Zé- Discoteca
Mané- Coteca
Zé- Discoteca
Mané- Coteca
Zé- Foooo, da Discoteca, meu!
Mané- E eu não tou dizendo coteca, seu...
Que "méxa" é essa que a gente tem!

sábado, agosto 27, 2011

Aquentejano!

Para quem é alentejano sabe que vive geograficamente (visto de Norte para Sul ) para além do rio Tejo. Mas, para quem viva geograficamente para aquém do rio Tejo, não se fala que são aquentejanos. Vai-se lá saber o porquê da palavra -alentejano- existir?



segunda-feira, agosto 22, 2011

Melodia

Procuro uma melodia para poder ouvir,
Os sons que o silêncio esconde em mim.
Um som que saiba estar comigo, que eu não deixe partir,
Uma voz vinda de onde não há fim.


Procuro essa melodia para poder sair,
Deste silêncio que não me deixa ouvir esses sons.
Ouvi-la enquanto vejo a noite cair,
Tocá-la de olhos fechados.


Uma melodia que me prenda a esta liberdade,
Esse espaço vazio onde há muito por reviver,
Uma melodia que me deixe saudade,
Como esta que tenho de viver,


Mel o dia quando doce se torna,
Como um beijo vindo não dos lábios,
Mas de um som que a imaginação encarna,
Uma melodia que não me cria vícios.


quinta-feira, agosto 11, 2011

Prejuízo

Fazer um juízo prévio por mais paradoxal que pareça pode evitar um prejuízo.

quinta-feira, julho 07, 2011

Versos? Nem sei se gosto de os fazer!!

Uso-me quando me sobra sofrer,
Salva-me a respiração após pensar,
Encurto palavras para esquecer,
Falando-as fica por lembrar...

Poses de vários sentidos,
Aparência fria a minha,
Olhos verdes , desejos detidos.
Poses que tenho e retenho,
Como uma paixão erma,
De sitio em sitio, finto com o olhar,
O que mais me comove e faz chorar.

Ser poeta... não sei...
Versos? Nem sei se gosto de os fazer!!
Com eles raramente atinei,
Com a palavra certa para te dizer.

Mas letras sinto deslizar,
No meu peito interior,
São palavras que não te consigo falar,
Mas na mudez do amor,
Escuto-as para te amar.

E é escrevendo que me vejo;
E nestes versos me revejo;
É nos poemas que te beijo,
Quando na tua falta, te desejo.

terça-feira, junho 14, 2011

Popeye...

A mãe Joana tinha ido à mercearia, mesmo ali ao lado, comprar legumes, para confeccionar o jantar. Dentro da loja e enquanto esperava pelo preço da compra, olhou à sua direita quando reparou num boneco, com cerca de
vinte centímetros, com o braço esquerdo em punho, com o antebraço redondo de músculo, com uma âncora tatuada…era o Popeye! Lá levou o boneco consigo para fazer uma surpresa ao filho João, um menino de 5 anos, que já estava a cumprir o seu primeiro ano de ensino.
Quando chegou a casa, o que não levou mais de três minutos, ela pôs o Popeye em cima da mesa de jantar, para que o João quando chegasse da escola visse o boneco.


Passado uma hora e alguns minutos chega o filhote, no autocarro da escola que parava mesmo à porta de casa, depois de um dia cheio de aulas. Foi dar um beijo na mãe e disse-lhe que tinha corrido bem a escola. Ao ir para o seu quarto passou pela mesa de jantar e lá reparou no boneco, foi então que perguntou:
- Mãe, isso quem é?
- É o Popeye!, respodeu a mãe.
- Ah, tá bem, respondeu o João num tom de voz vazio.
Faltavam uns minutos para que o relógio batesse nas sete horas, quando o pai, Manuel, chega a casa, depois de um dia de emprego. O João ao saber que o pai já estava em casa pega no boneco Popeye e leva-o até ele.
- Pai!
- Diz, filhote?
- Olha!
- O quê?
- Vê?
- Um boneco, de quem é?
-É pó pai!

quinta-feira, junho 09, 2011

O País está menos filosófico.

Desde o dia cinco de Junho de dois mil e onze, Portugal passou a ser um país menos filosófico. Sócrates deixou de governar. Depois de seis anos a comandar o destino do país, eis que, como que em passos de coelho, surge o Pedro. E lá vence as eleições tornando-se o mais recente Primeiro-ministro.
Vamos ter um governo de maioria absoluta, mas não de um só partido. Vão-se coligar o PSD e o CDS-PP na tentativa de nos tirar da crise.
Sabe o povo e o Governo, que a troika vai exigir o cumprimento do acordo estabelecido, a não ser que Portugal arranje outro fornecedor de capital, mas como esta hipótese não tem cabimento algum, resta obedecer.
Com a coligação PSD/CDS até que não cai mal os dois Ps que sobram na sigla do partido de Paulo Portas, com eles perfazem-se o mesmo número de letras que ostenta a Troika.
Todavia, para conseguir puxar uma carroça tão cheia de indefinições, tão vazia de sustentabilidade…três cavalos não bastam.

sexta-feira, junho 03, 2011

Cem Palavras

Amanhã vou visitar o mundo das palavras,
Vou levar comigo espaço para aprender.
Parto ainda de noite, enquanto dormem as horas,
Enquanto o sol não se deixa ver.


Vou sozinho nessa viagem;
Ninguém sabe para onde vou.
O tempo que vou levar eu não sei também,
Mas quando lá chegar saberei quem sou.


Palavras que nesse mundo há,
Palavras tão juntas, tão sozinhas,
Palavras que dão-me saudades de as ter,
Ao pé de mim, aqui comigo, minhas amigas,
Palavras que existem para não se ler.


Mesmo sem saber aonde estão,
Vou as encontrando,
Andando, sentido ou pensando,
Com elas vou, comigo elas vão.

quinta-feira, maio 12, 2011

S.L.Benfica está em catarse

Desde que descobri o Benfica na minha vida esta é a época mais dececionante que encontro no meu palmarés de adepto. Nunca vi o Benfica estar tão perto de ganhar e não conseguir vencer, parece redudante. Mas no futebol as grandes equipas tornam-se fortes quando depositam na luta a guarra que faz vencer os jogos que parecem perdidos.
Está na hora de o Benfica aceitar o seu passado glorioso e construir um futuro igual. Assiste-se, inflizmente, à ideia quase patológica que o historial deste clube basta para vencer. O maior adversário do Benfica é a sua própria grandeza, é ela que motiva os outros clubes, que não a têm, é ela que de certa forma torna ofusca a realidade daqueles que têm a responsabilidade de a suster, de a liderar, de a manter.
Espero que o futuro próximo seja de grande competência diretiva, técnica e dos atletas profissionais.

segunda-feira, maio 02, 2011

oculto lado do amor

Deixo neste poema,
Toda a sensibilidade que levita,
Na saudade selvagem de te querer,
Sentir novamente...
Incessantemente.
Nessa beleza infinita,
Os teus sôfregos de prazer;
Alivia-los neste poema.

É do espaço que não ocupas,
Que vais ocupando grande parte do meu ego;
Como o ar que avoluma os pulmões,
Como a natureza que me cerca a visão.
É da tua invisível presença,
Que escrevo no compulsar dessas rimas,
Transforma-las em paixão...
Timidamente disfarçada em sossego;
São os estalos das minhas impulsões.

Descarrego neste poema introspectivo,
O sentimento ímpar de ser pensado;
Na frágil imensidão da vida;
No raro arrepio de um amor altivo.
Corrupio louco sem rumo traçado.

Encosto suavemente a minha visão interna,
Nos ombros desse oculto lado do amor,
Que se instala nas extremidades duma visão interna,
Que cresce nos poros dessa vida que agora tem sabor.

Entre tantos, és um mundo fora desse,
Interior e mente, sinónimo do meu.
Linda, voz e pele, lábios e emoções;
Sabe o corpo o que o coração diz,
Almas gémeas numa união de sensações,
Brotam razões na razão feliz,
Telepatia lógica de um sublime céu,
Envolta nesse lado oculto do amor...
Estendido e arrumado, amanhece.

É assim que te amo,
Dia e noite, presente ou ausente,
És o som que ouço,
O tempo que chamo,
A vida que peço,
O descanso da minha mente.

domingo, abril 17, 2011

Páscoa

Não tem data definida a ressurreição,
Certo é a Sexta-Feira Santa;
Dia em que Cristo deixa de viver,
Três dias de crença Cristã...
Demora a passagem da morte para a vida,
E do sepulcro se fez desaparecer.


Religião que os cristãos defendem com fé,
Momento do ano em que os coelhos dão ovos,
Parecendo contra natura, simboliza fertilidade,
Páscoa, tradição de muitos séculos.


Romarias, de gente, trilham destinos e promessas,
Na companhia da dor, a alma agradece a felicidade,
Como se do céu viesse a luz que ilumina todas as alegrias,
Juntas numa só...devoção.

quarta-feira, abril 06, 2011

Notícia: O Benfica não foi campeão!

Sendo eu Benfiquista, adepto de um clube eclético, que sofre por alegrias e desespera com tristezas, encaro o ultimo campeonato, perdido por nós, de uma forma um tanto quanto irónica. Soube bem, ver o estádio da Luz dar o exemplo ao país de como se deve poupar electricidade.
"Findou" o campeonato a 5 jogos do fim, mas para o Benfica o campeonato terminou nos primeiros cinco jogos. Coincidências nos números que separam as extremidades dos pontos que fazem um campeão, muitas mais haverão nos mais que trinta jogos que este campeonato tem. Digo mais que trinta, não, porque não gosto de matematica, mas porque já deu para perceber que a verdade no futebol em Portugal tem mais do que meros 30 jogos.

quinta-feira, março 24, 2011

Mentira.

Por esta altura (temporária), no ano pretérito, Portugal já vivia em crise, crise que fora dissimulada porque o Benfica tornara o país num estado de euforia. A realidade de hoje é diferente, não só a crise é maior como o Benfica não vai ser campeão. Infelizmente!
O tema que desperta maiores atenções é indubitavelmente a crise política, essa crise que consegue fazer esquecer a outra, aquela em que grande parte da população portuguesa está mergulhada.Eu até ficava, vou ser sincero, extremamente bem disposto, se ao contrário de Crise Política os políticos estivessem em crise.
Começa a ser PECado o que os políticos, com a sua política estão a fazer às pessoas que votam, e aos outros que ainda não podem votar. É preciso lembar que todas as pessoas que votam também são responsáveis, porque depois de o fazerem e, muitas vezes, mesmo antes, expressam sempre o mesmo pensamento : "Os politicos dizem que fazem, mas depois nada fazem....só querem chegar ao poder". Bem, então o que leva um ser humano português a votar...uma cruz. A cruz que carrega de quatro em quatro anos ( e às vezes menos), pensando que se livra dela com a ajuda de uma ponta de uma esferográfica. Mentira, mentira.

sábado, março 19, 2011

Ser pai é ser

Se a um impulso o aceito,
Outra coisa nasce ainda.
No seu começo está a emoção;
Do seu fim chega a razão,
À superficie tenho-te no peito,
Bem no fundo guardo-te no meu coração.


Adio sonhar quando penso em sentir!
Nisto que conservo e não é meu,
Terno a quem se revê no céu;
Opaco a quem aos poucos se deixa cair...!
Nesta luta de sentir, herdo de meu pai.
Imaginação suspensa na verdade que sai,
Onde a realidade ensina a entrar.

Pai é o homem que criei dentro de mim.
Análogo a ti, meu pai, meu fundamento,
Compreender-te acompanhou-me assim.
Horas a fio na busca de ser eu proprio,
Enquanto do esforço, davas à vida,
Cansado do dia, bendito alimento...
Outro tempo ja passou e pai serás sempre.

Foste momentos, palavras e entoação.
Uns esqueci, outras guardo num som de paz.
Recordações de inocência e da idade,
Toldada em estrofes de uma educação,
Amado e defendido como rimas,
Dadas à poesia da vida, e então,
Ofereço a este poema, tu, Pai!

Ser pai é ser igual no ser,
É ser diferente por seres o meu,
É ser espaço, é ser alma, é ser nada e tudo,
É ter filhos e a todos nós, nos querer,
É ser ar ...o céu do nosso mundo.


José António Braga Furtado

quinta-feira, março 03, 2011

Hipocrisia

"Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária."
Fernando Pessoa


O passado tem-me alertado, para que no futuro não me esqueça de viver o presente.
Só podemos encontrar hipocrisia nos escombros da mente humana. Há quem vá podando esses escombros de forma a poder estabelecer alguma equidade entre si e o meio no qual interage. Outros aproveitam a dimensão desses escombros para se esconderem em chavões, clichês e outros pensamentos, muitas vezes criados em ambientes intelectuais que hoje sofrem de alguma descontextualização.
Não ser hipócrita requer autenticidade na personalidade, o que não significa débito de inteligência, muito pelo contrário... ser-se inteligente é conseguir adaptar, de forma natural, a identidade física, mental e emocional à realidade. A realidade não é hipócrita.
É tão bom olhar o espelho e perceber o quanto é determinante compreender que a imagem refletida está dentro da pessoa que a reflete.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Catorze de 02/2011

Para quem namora ou é namorado por alguém existe um dia especial. Coincide com a metade de vinte oito, de um mês que só tem vinte e nove dias quando o ano é bixesto. Fevereiro faz ferver corações apaixonados.
Hoje é catorze de Fevereiro, o dia em que, não obstante estar inserido na época de saldos, os produtos que lembram o vermelho do romantismo, sofrem de uma inflação brusca, tentando criar a ideia que a procura é maior do que a oferta, mentira. O Amor não se vende, muito menos se compra... e para aqueles que não são românticos ( porque quem é romântico não precisa procurar o amor, apenas oferecê-lo) tornam-se vítimas dos preços altos... que o coração não sabe comprar.
O Amor não tem cor, o dinheiro tem!
Amo as pessoas que gosto, porque gosto de amar.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

H um N um.

Sabendo que a época da Gripe, que não é A, dá se muito bem com o primeiro trimestre do ano, e sabendo que a A, embora tenha um "H" e um "N" e dois "uns" no nome, é necessário estar atento a todos os sintomas gripais que não começem por estas letras e que podem ser mais do que dois.
Sendo A é a primeira vogal de um alfabeto rico em consoantes, em que a H existe apenas para não a pronunciarmos, onde a N pode insinuar que tudo começa do Nada, e que a infinidade dos numeros começa no 1, encontro no vírus H1N1 A gripe.
Apesar de ter o wikipédia a uma distância quase insignificante, levei mais tempo a procurar uma definição que tornasse diferente e mais desanuviada a forma de encarar esse flagelo que atormenta, novamente, a realidade social açoriana. Tenho a impressão que não atingi esse objectivo. Adiante.
Recorrendo à wikipédia, lá encontrei que o vírus dessa gripe pertence à familia orthomyxovridae, de Genero- Influenza A e com o subtipo H1N1. O H dá nome à hemaglutinina e o N à neuraminidase.
Numa comparação à familia homonidiae, à qual todos nós pertencemos, também somos todos de género homo, embora no que toca à especie, nem todos nós somos sapiens.
Numa situação como esta, a da gripe A, se calhar não basta ser apenas homo sapiens, é necessário ser-se duas vezes sapiens. A sapiência, para contornar as vicissitudes dessa "epandemia", poderá ser o melhor remédio para vencer essa Gripe.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Que...

Trinta anos de vida que não se confundem com a minha existência;
Pessoas que sei quem são, mas não as conheço,
Usam a voz para enganar a inteligência;
Não são todos, apenas aqueles que eu não esqueço.


Saber que em mim há mais do que eu,
Procurar-me todos os dias,
Como se o que já sei, já não seja meu,
Sem saber vou sabendo cada vez mais...


Que por mais grave que o problema seja,
Jamais terá a gravidade da terra.
Que por mais longe que a felicidade esteja,
Há uma vontade minha que a espera.


Sabem, as palavras que escrevo, a tristeza,
As mesmas que com o paladar da voz, ironizo.
Para compensar intervalos de estranheza,
Para lembrar que muitas vezes é no silêncio que está o aviso.