Páginas

segunda-feira, novembro 11, 2013

Condenados

Enquanto esta crise condena, consome o povo
Há os outros, sim os outros, que através dela, consomem
Cada vez mais, a liberdade prende o escravo
A um país, este, que ainda é meu também.

As vozes da revolta não chegam para vencer
Há o silêncio hipócrita que esconde a mentira
Em cada um de nós há vontade de combater 
Mesmo que a verdade nos fira.

Num país onde o mar oferece o horizonte do mundo
Essa linha que não separa este rasgo de imaginação
Lembra-me a infância, quando a moeda era também um escudo
O troco de uma idade sem preocupação.

Hoje, já lá vai o tempo que eu achava ser o meu futuro
Tornou-se em passado as coisas que fiz
Sou agora, parte de um presente que asseguro
E deixo-me ser feliz.

terça-feira, setembro 10, 2013

Sem saber

Que  falta de imaginação é esta,  tanta
 Da inspiração só resulta o ar que expiro
As palavras tornam-se em riscos simbólicos
Sem saber por onde começar, já nem me espanta

Dezoito dias após tudo isto, resta-me olhar
Para isto, que de tudo tem muito pouco
São versos que não consigo, mas insisto
Sem saber se vale a pena continuar

O tempo que perco sem me aperceber
É o mesmo que me falta para desistir
Ficar à espera do meu pensamento, para o ler
Num vazio completo, com vontade de não resistir

 Mas, o sol quando chegar e ainda a noite estiver
Vejo na  madrugada, as horas que o dia tem para me dar
Entre a distância e o desejo de te ver

Existe a poesia  para sentir, o quanto é bom pensar.