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quarta-feira, janeiro 26, 2011

Que...

Trinta anos de vida que não se confundem com a minha existência;
Pessoas que sei quem são, mas não as conheço,
Usam a voz para enganar a inteligência;
Não são todos, apenas aqueles que eu não esqueço.


Saber que em mim há mais do que eu,
Procurar-me todos os dias,
Como se o que já sei, já não seja meu,
Sem saber vou sabendo cada vez mais...


Que por mais grave que o problema seja,
Jamais terá a gravidade da terra.
Que por mais longe que a felicidade esteja,
Há uma vontade minha que a espera.


Sabem, as palavras que escrevo, a tristeza,
As mesmas que com o paladar da voz, ironizo.
Para compensar intervalos de estranheza,
Para lembrar que muitas vezes é no silêncio que está o aviso.