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segunda-feira, julho 26, 2010

O tempo urge

O tempo que tenho para demorar,
A imaginar ou a pensar os versos,
Nessa amálgama de sentimentos,
Não é igual à necessidade de me inspirar.

Vejo-me a correr, enquanto as horas,
Passeiam durante um dia igual,
Como se nada fosse visual,
Como se o tempo não tivesse dias.

Urge dentro de mim o que cá fora não,
Mais do que coisas e muitas outras,
Há pressas que não dizem para onde vão,
Como se o futuro fosse feito de sombras perdidas.


O tempo que também faz-se urgir,
Deixou-me esse espaço para o ocupar,
Como se me pedisse para o amar,
Devagar, mas sem saber como o sentir.

terça-feira, julho 20, 2010

O tempo urge

Não tive tempo para mais...mas hei-de ter!

sexta-feira, julho 16, 2010

No meu cérebro há um lugar inabitado

Há um lugar inabitado no meu cérebro. Estou para o meu cérebro como a natureza está para o sol...ambos são a luz que ilumina o trilho.
Queria eu ser o cérebro do meu cérebro, poder cheirá-lo, tocá-lo, ouvi-lo, olhá-lo e até mesmo conhecer o seu sabor (salve seja!). Mas ele não deixa, é autoritário, ditador...ou faço o que ele manda ou então deixo de fazer o que ele não quer. É mesmo assim. É verdade.
Estou aqui escrevendo devagar, para não fazer muito ruído no teclado, por que senão ele lembra-se de me dizer para eu parar. Chega a ser uma relação hostil, a nossa.
Houve uma manhã, não sei bem qual, mas isso interessa pouco, sei que tinha acordado normalmente, tinha aberto os olhos, ter ficado à espera que a Íris fizesse a leitura óptica, do pequeno espaço que tinha percorrido na noite antes para conseguir estar aonde me encontrava naquele momento, enfim, fiz tudo isso à margem do meu cérebro ( impossível). Bem, no calor dos lençóis a contrastar com a frígida, (nem tanto! dessa descanlendarizada manhã) veio-me aos olhos uma pergunta: o que será que o meu cérebro esteve a fazer enquanto me apanhou a dormir? Um dia destes, quando ele estiver a dormir vou eu fazer o que me bem apetecer, sem ter que lhe dar satisfações... ( também impossível)

terça-feira, julho 13, 2010

Neda Agha-Soltan

Uma luta perene da água solta, na queda,
Corre no leito de um destino etéreo;
Esperando por ele, a memória de uma vida,
Que perdurará num mundo sem receio.

Há votos de luta que a justiça aclama;
Há contos que ficam no esquecimento da história;
Há tardes que matam, bem cedo, a alma;
Na cicatriz fica uma efémera vitória.

Irão eles, os desejos, os medos,
A voz trespassada pela omissão,
Como o ar levado pelos ventos,

Ou o rápido adeus de um coração
Que adormeceu para eternidade,
Descobrindo algures a felicidade.

segunda-feira, julho 05, 2010

É verdade!

Passado quase uma semana à procura de um pensamento, para aqui escrever, acabei por encontrar este.