Páginas

quarta-feira, agosto 25, 2010

Verão (verbo)

O sol imponente lá em cima,
Mostra ao mar que cor o céu tem,
Numa métrica que a natureza rima,
Vejo na maré o que na poesia também.


Vejo nessa água que me molha,
Coisas que o cérebro não raciocina,
Como linhas desertas no papel de uma folha,
Uma confusão que só a liberdade termina.


Verão, de ver, uma estação a acabar,
O calor húmido das ideias solitárias,
Já pedem pelo fresco frio do ar,
Sonham já com o calor das noites frias.


Estranho essa passividade das letras,
Por mais que tenta fazer delas palavras,
O tempo que perco à procura delas,
Deixam-me só, a pensar nelas.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Faça das teclas o seu pensamento...