Páginas

segunda-feira, novembro 11, 2013

Condenados

Enquanto esta crise condena, consome o povo
Há os outros, sim os outros, que através dela, consomem
Cada vez mais, a liberdade prende o escravo
A um país, este, que ainda é meu também.

As vozes da revolta não chegam para vencer
Há o silêncio hipócrita que esconde a mentira
Em cada um de nós há vontade de combater 
Mesmo que a verdade nos fira.

Num país onde o mar oferece o horizonte do mundo
Essa linha que não separa este rasgo de imaginação
Lembra-me a infância, quando a moeda era também um escudo
O troco de uma idade sem preocupação.

Hoje, já lá vai o tempo que eu achava ser o meu futuro
Tornou-se em passado as coisas que fiz
Sou agora, parte de um presente que asseguro
E deixo-me ser feliz.